domingo, 15 de agosto de 2010

E agora?

E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?




Voltei a sentir aquela sensação horrível da pós balada.
É horrível... fazia tanto tempo que eu não me sentia assim.

Aí eu comecei a pensar que eu realmente tenho minhas fases e que embora algumas vezes elas adormeçam, ainda sobrevivem.
Não que isso seja muito chato, tem coisa pior pra sentir (convenhamos)
Mas ontem foi bem nesse estilo de repetir inúmeras vezes: "Porque eu resolvi sair de casa?"
Eu realmente não me entendo.
Eu não gosto de pessoas muito agitadas, pessoas falando, pessoas de balada: pessoas idiotas.
Realmente me divirto mais em casa, tranquila, vendo filmes, fumando meu cigarro, entrando na net, abrindo meu computador, vendo fotos, escrevendo... tudo que posso fazer sozinha costuma ser mais legal.
Odeio depender da vulnerabilidade das pessoas.
Odeio ter que mudar de planos quando estou com alguém só pra agradar ou pra entrar em consenso.
Não que eu seja egocêntrica, não.
É que as pessoas me cansam.
E quando eu me pego fazendo essas coisas ou me arrependo bruscamente ou me sinto mal.
Vai entender. (?)

Na real? Eu ando muito cansada mesmo, diria até que estou no meu limite-ite.
Estou cansada de ter que acordar muito cedo pra pegar um ônibus lotado e enfrentar um dia longo de trabalho.
Estou cansada de ter que ir pra USP e ainda levar mil textos pra estudar em casa (como se eu tivesse tempo para ler)
Estou exausta de achar que meu final de semana será excelente.

Eu sou aquela mal humorada que fica no canto do bar olhando as pessoas e não vendo nexo nas ações e reações.
Tudo é tão falso e feio.
É tão burro e grosseiro.

Continuo insistindo na tese que existe uma versão melhor pra minha vida em algum lugar desconhecido.

Mas assim... eu não sou uma pessoa infeliz.
Não mesmo.
Eu só sou desapontada com as coisas que a vida me mostra.