terça-feira, 11 de maio de 2010

Cresci.

Bom, minha contratação ainda não saiu... e não sairá.
Essa é a verdade.
Depois de enganada e injustiçada... cresci.

Chorei, sofri e superei: simples assim.
É foda, eu sei, ainda mais para mim que desejava mais do que ninguém o simples fato de ter um aumento significativo e férias remuneradas.
Era algo além.
Mas: era.
Ás vezes a gente troca o sentido do que significa trabalhar e começa a viajar nas hipóteses que a vida nos leva.
Vou contar um segredo = É a miragem.
Já dizia Jay Vaquer "Vá pela sombra que o que sobra é a Miragem"

Não tem essa de amar o trabalho e achar que será reconhecido por isso ou sei lá... que um dia alguém vai olhar pra você e falar "Então resolvemos reconhecer o seu trabalho!"

Infelizmente o mundo é dos espertinhos camarada!
Isso não existe.

Hoje me perguntaram:
"-Nossa Marcela você passou na USP, que legal! Está querendo crescer na empresa?"
Resposta a lá ironia Marcelística:
"Não, estou querendo sair daqui o mais rápido possível."
Fica a dica.

Não vejo o problema de fantasiar com algumas coisas como: promoção, folga...
Eu vejo sim problema em achar que isso é uma realidade.
Como diria Dallas Green "Quão seguro é se sentir seguro?".

Pé atrás SEMPRE!

Hoje eu sou esse monstrinho que não tem muitos sentimentos... nunca tive na verdade.
As coisas apenas não costumam me comover, o que há de mal nisso?
Beto Cupertino "Estive em tantas guerras que seus gritos não me comovem mais"

Ok.

Hoje eu acordei meio que em um dia de fúrio e ouvi uma música do Rancore que me deixou completa.
E não é ironia.. é isso mesmo.

Cresci

Eu vivia em uma redoma.
Desconhecia a parte ruim.
Não sabia o que era tristeza,
Até que chegou a hora de meu grande companheiro dar adeus.
Meu querido avô carlos, foi descansar num lugar perto de deus.
Então uma tempestade se fez e alagou com todo meu jardim.

Eu chorei e chorei.
Lembro o quanto foi foda me erguer novamente.
Mas eu fui mais forte, acabei superando.
O meu corte virou cicatriz.
Eu fui mais forte, acabei superando.
Não odeio essa fase, afinal cresci.

De repente abri os olhos e percebi
Que um dia a vida acaba independentemente
Dos planos, dos cuidados especiais.
O tempo passa, a pele enruga
E o que foi já não é e nem voltará a ser.
A brisa me traz fotos cerebrais
Que eu tirei dos bons e maus momentos que vivi.
Complicada matemática que resultou em mim.
A vida me ensinou que é tão simples ser feliz.
Basta aceitar que ela é como é
E que às vezes batemos o nosso nariz.

Eu chorei,
Lembro o quanto foi foda me erguer.
Mas eu fui mais forte, acabei superando.
O meu corte virou cicatriz.
Eu fui mais forte, acabei superando.
Não odeio essa fase pois,
Pude ver e perceber que sou
Muito maior que necessidades ser.
As lágrimas se secaram,
Correntes não me prendem mais
O sufoco é fugaz...
Cresci